Tem dia em que eu desisto e assumo que te amo mesmo e vou amar até morrer, mesmo que não seja possível viver esse amor. Nesses dias, eu morro de saudades, dá vontade de ouvir sua voz, sentir seu cheiro e me afogar nos seus olhos...
Daí no dia seguinte eu acordo com a certeza que a vida não é só amar alguém e que tenho muitas outras coisas pra viver, pra experimentar, pra sentir. Então acho que o melhor a fazer é me afastar de você, não querer saber da sua vidinha medíocre.
Tem dias que eu acordo ingênua e acho que é possível passar por cima de todo o sofrimento. Daí, nesses dias eu sou bobinha, consigo responder seus e-mails como se a gente pudesse ser amiguinho, como se pudesse me preocupar com sua dor de garganta e dividir minha vida com o homem que mais amei (ou amo, sei lá).
Vou dormir e quando acordo percebo que sou sozinha mesmo, como sempre fui. Que não preciso das migalhas que você me dá quando quer. Entro no meu carro, ligo o som alto e venho trabalhar feliz porque não tenho nada que me amarre.
Talvez seja por isso que eu não consigo ir muito longe de você...