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30 julho 2007
O que importa
Li outro dia e achei perfeito...
"o mais importante, acho, não é tanto o primeiro amor da vida da gente (esse mito), mas o último. Aquele que a gente quer que seja o último."
Adriana Lisboa
 
29 julho 2007
água
Dia de faxina geral.
Hora de tirar do armário as roupas que estão atulhando as gavetas. Não lembrava deste vestido da época do casamento. Nossa...quanto tempo e quanta coisa aconteceu.
Remexer nos papéis, rasgar comprovantes de contas antigas, cartões com frases melosas que foram lindas. Tudo fora de contexto parece meio over.
Achei a caixa de costura, aquela com a metade da colcha que eu ia fazer pra nossa cama. Tudo indo pro imenso saco de lixo que estava ao lado da porta.
Não percebi, mas você estava sentado no canto do quarto. Quieto, calado, me olhando. Estranho, muito estranho. Você não encaixa neste cenário. Não tem lugar pra você aqui.
Abro a torneira da pia e a água escorre devagar, num filete. Logo começa a inundar o quarto e levar pela janela tudo que tava nos sacos de lixo. Tenho a impressão que vou me afogar com tanta água. Sinto medo. Água por toda parte, uma correnteza escura, barrenta...procuro alguma coisa em que me segurar. Não tem. O coração vai desacelerando, acho que vou desmaiar.
Mais água. Agora, limpa, transparente. Volto, não tenho mais medo. Ainda tem água por toda parte. Os quadros continuam pendurados na parede. A cama, no mesmo lugar.
Tenho a sensação de que tem algo muito diferente. Sua ausência. Seu fantasma não está mais aqui. Nem no canto do meu quarto, nem no centro do meu coração.
 
24 julho 2007
Notícias do lado de lá...
Os seus erros mais fáceis de perdoar são os de português.
Receber seus e-mails com notícias do lado de lá são um misto de não-sei-o-que.
Não me interessa saber que o seu vôo atrasou e você sofreu com o caos aéreo. Passou-se o tempo em que eu ficava preocupada por você não ter tido uma boa noite de sono. Não quero saber se os engarrafamentos por causa do PAN te deixam irritado.
Não me importa se você conseguiu provar que você é o menino bom e honesto que não roubou o dinheiro de ninguém.
Não me venha com amenidades. Nós fomos muito mais que meros conhecidos pra dividir a vida assim. Eu sei exatamente como você se sentiu em vários desses momentos que você insiste em dividir comigo assim, a distância, por intermináveis e-mails.
E o que eu sinto? Você, no meio do seu egoísmo, consegue pensar em como eu me sinto ao ler o "vamos às notícias do lado de lá"?
Eu não faço parte da sua vida, por uma escolha sua. Eu não posso estar ao seu lado, esperando o vôo que atrasou 5 horas. Eu não pude acompanhar cada detalhe do desenrolar da tal fraude e te dizer todos os dias que eu tinha certeza que tudo se resolveria. Eu não posso sair do trabalho e voltar pra casa com você dirigindo o carro e conversando no caminho, xingando a p... do engarrafamento porque a gente merece um banho depois de um dia de cão.
Quer saber o que eu sinto ao ler esse bando de amenidades que você me escreve? Um buraco no peito, um arrependimento por ter acreditado que talvez o final da história pudesse ser outro. Um vazio cinza que deixa um gosto amargo na boca e uma descrença no coração.
Silêncio, a melhor resposta pra isso tudo é o silêncio.
 
15 julho 2007
As três
Eram amigas há muitos anos. Viajavam juntas, barzinhos sexta depois do trabalho, comprinhas básicas, cinema água-com-açúcar e outras coisinhas mais. Repartiam momentos, pensamentos e sentimentos. As histórias se misturavam. Tinham em comum uma certa ingenuidade que as fazia acreditar no amor.
Cada uma tinha vivido sua grande história, nenhuma com o tão sonhado "e foram felizes para sempre". Carregavam dores semelhantes. Mas a tal ingenuidade fazia com que esperassem que em algum momento seriam surpreendidas com uma reviravolta em suas histórias. Acompanhavam com esperança cada detalhe, cada desenrolar. E resistiam a aprender que final feliz não era uma opção naqueles amores.
Mas a vida seguia em frente e elas não tinham muita alternativa. Tentavam colocar um sorriso no rosto e fazer de conta que não sentiam falta de tê-los por perto. Olhavam os filhos das amigas casadas e faziam força pra não pensar que ter seus próprios filhos era algo muito distante em suas vidas. Esforçavam-se para serem simpáticas com outros mocinhos e começar toda a ladainha de "conhecer gente nova e dar uma chance". Tinham que se controlar ao ouvir de pessoas queridas aquele papo irritante de "vocês são muito exigentes, cuidado pra não morrer só". Choravam sozinhas, no carro, voltando do trabalho depois de perceber que não teria ninguém esperando por elas.
Tinham certeza do sentimento que viveram e estava marcado na pele de cada uma a dor pela perda. Mesmo assim, a tal ingenuidade permanecia com elas.
Dividiam dores de amor, esperanças de um futuro melhor e um desejo imenso de serem felizes.
 
12 julho 2007
palavras ao vento
Suas palavras confusas dão pistas que levam a lugares onde você não está.
Desculpas patéticas misturadas a lembranças ricas em detalhes
Perguntas e mais perguntas...Por quê?
Certeza de sentimento e tristeza pela falta de coragem
Não resta nada a dizer
Mais uma vez, não há nada que eu possa fazer
Só queria saber uma coisa... Quanto tempo demora pra passar a dor?
 
05 julho 2007
Ensinaram errado...
Sempre adorei histórias. Desde pequena, adorava minha coleção de disquinhos com aquelas vozes boazinhas narrando os mais lindos contos-de-fada, onde a princesa é salva, o castelo é lindo e o final é sempre feliz.
Com tudo isso, eu aprendi que se você for boazinha, fizer tudo certinho, vai ter direito ao tal: "e foram felizes para sempre".
Acreditei nisso por muito tempo...e segui toda a receita do "fazer tudo certinho" para alcançar o tal amor verdadeiro.
Ensinaram que eu devia ser independente, então estudei, fiz curso superior, pós-graduação, arrumei emprego, trabalho mais de 40 horas por semana, pago minhas contas, troco pneu do carro, organizo minhas férias...cuido da minha vida.
Ensinaram que ninguém gosta de mulher pegajosa, então não pego no pé, não ligo 387 vezes por dia pra cobrar atenção, sou atenciosa, dou carinho, ajudo a resolver os problemas, entendo as dificuldades até mais do que devia.
Disseram que homem nenhum vai querer mulher descuidada, desleixada, então malho antes das 7 da manhã, me privo de chocolates e batatas fritas, faço escova no cabelo 3 vezes por semana, tratamento de pele, passo filtro 45 no rosto, hidratante especial para os pés e outro para as mãos, fora o do corpo, só ando com as unhas feitas...
Sabe onde tudo isso me levou?
A desculpas patéticas, amores impossíveis, discursos gastos...
Acho que vou fazer o contrário do que me ensinaram. Será que ser mázinha vai me levar onde eu quero chegar?????