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27 dezembro 2007
Sonho bom...
Então alguém muito distante me conta, com voz de historinha de criança, que eu ganhei o presente que eu mais quero nesta vida.
Foi uma felicidade imensa!!!!
Esquentou meu peito, fez as lágrimas caírem dos meus olhos...
Finalmente, você vai chegar!!!!
 
20 dezembro 2007
Insanidade
Eu quero mais é me acabar nos seus braços
Me afogar nos seus olhos
Sentir seu cheiro, seu gosto e seu beijo
Ser intensa como naquele tempo
Por um instante só
Para depois, te carregar pra sempre
 
11 dezembro 2007
Eu sei
Faço de conta, finjo que não estou vendo, que não ligo, que não quero saber.
Tudo mentira.
Eu quero.
Sei que as coisas não são como eu gostaria que fossem.
Mas eu quero saber notícias.
Sei que tudo continua como antes na terra de abrantes.
O mundo de lá é inacessível para o mundo de cá.
No meu sonho de ontem, existia um mundo paralelo onde a gente se encontrava por um breve instante.
E era suficiente para eu voltar pro mundo de cá com você perto de mim para sempre.
 
07 dezembro 2007
Página de um diário- uma crônica a quatro mãos
Esta crônica foi inspirada em Página de um diário de Renato Bueloni Ferreira
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"Cíntia sabia que depois de mais uma briga homérica, Roberto ia dormir no sofá. E ela ia ficar naquela cama sozinha, mais uma vez. Toda raiva descarregada naquela hora e meia de briga se transformava em lágrimas doídas. Foram palavras duras de dizer e de ouvir. Mas ela não ia dar a ele o gostinho de vê-la chorar.
Por mais que pensasse, Cíntia não conseguia descobrir onde eles tinham se perdido. Tudo o que ela fazia estava errado. Corria o dia inteiro no trabalho, passava 45 minutos no trânsito pra chegar em casa. Quando mais nova, pensava que sua casa seria seu refúgio. Adorava pensar que seria seu reino, onde poderia esquecer do mundo. Roberto sabia que ela não era a melhor dona-de-casa do planeta. Ela bem que tentava ser, mas nunca era suficiente pra ele. Sempre tinha um detalhe que não estava de acordo: a toalha fora do lugar, a comida que estava acabando na geladeira, a limpeza das janelas que não estava lá essas coisas, até com o cabelo preso ele deu pra implicar.
A lista de reclamações imbecis de Roberto crescia. E o que ela pedia a ele era ignorado solenemente. Cíntia queria a leveza de antes. O cuidado com que ele a tratava anos atrás. Ela lembrou o dia em que eles riram juntos ao abrir a geladeira famintos e só acharam alface murcha, uma lata de ervilhas e meia garrafa de suco. Tudo tinha sido resolvido com o disque-pizza. Sem brigas, sem palavras rudes, sem dor.
Ela já tinha lido e ouvido por aí que a paixão passa depois de sei lá quanto tempo. Provavelmente, a deles já estava com o prazo de validade vencido. Mas será que depois da paixão não sobra nada? Será que era isso? Discussões intermináveis, ironias?
Não conseguia mais ter vontade de fazer um carinho, de dar um beijo na hora que ele chegava. Sentia-se machucada, descuidada.
Onde tinha se escondido todo aquele amor que eles sentiam? O que podia ser feito pra voltar no tempo, consertar toda aquela bagunça? A cabeça de Cíntia não parava. Mil perguntas sem respostas. As lágrimas lavavam seu rosto... mais uma vez, ia dormir naquela cama vazia."