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25 outubro 2007
Aberto o baú das lembranças
Conversas superficiais, risos nervosos
Os olhos apertados tão familiares, a mesma voz...
A distância nos levou por caminhos diferentes.
Li o sofrimento no seu olhar, no momento em que tentei esconder o meu.
Senti o nó na garganta
A conversa adiada por tantos anos veio à tona, naquela mesa estranha (nossas conversas sempre foram ao redor de uma mesa, a mesa antiga, emprestada pelo teu pai, que não combinava com o resto dos nossos móveis).
E a pergunta dolorida, descabida e sincera desmontou toda minha armadura de mulher bem resolvida.
Todo o amor, todo o carinho, todo o desejo de cuidar voltou com força.
Não foi um encontro fácil.
Abrir o baú das lembranças, dos sentimentos sufocados, dos planos desfeitos, dos sonhos enterrados.
Não foi fácil.
Nossos filhos que não nasceram.
Nossa casa que se desfez.
As toalhas que não nos enxugam mais.
Os lençóis que não cobrem nossa cama.
O gato que eu quis hoje tem outra dona.
As cicatrizes são fundas, marcas da nossa história.
Mexer no passado doeu....
As lágrimas continuam molhando meu rosto.
A dor maior passou. O sofrimento sem fim ficou guardado em alguma gaveta da nossa casa antiga.
De certa forma, fomos incompetentes para seguir em frente, pra desenrolar os nós.
Resgatar palavras ditas e não esquecidas, remexer mágoas...
Nossa história não foi brincadeira.
Os sentimentos não foram vis.
Não joguei fora nada. Guardei nossas coisas, nossas fotos. Nosso sofá está na sala, com outro forro, de outra cor. Passo por ele todos os dias, mas raramente me sento lá.
Nossa aliança está guardada, na minha caixa de jóias, em minha mesa de cabeceira, ao lado da minha cama.
Por falar em minha cama, nunca me acostumei a dormir só. Uma cama de casal parece um buraco negro sem alguém pra dividir. Durmo cercada de almofadas e travesseiros pra enganar o corpo durante o sono.
A vida seguiu.
Você pelo seu caminho.
Eu, pelo meu, procurando ser feliz.
Andei, conheci novas paisagens, experimentei novos sabores, provei de outros beijos.
Sua lembrança ainda é muito viva, presente na minha vida.
Tenho orgulho da minha história. Não vou apagar o que vivi, passar outras tintas pra disfarçar o que passou. Sei que fizemos da melhor forma, do jeito que a gente sabia, que dava conta.
Hoje tudo parece meio sem sentido. Hoje, com certeza, podemos olhar com outros olhos. Imaginar outras alternativas.
O fim poderia ter sido diferente.
O desfecho poderia ser outro.
Mas a vida é assim, meio sem sentido...
E as lágrimas não param de correr no meu rosto... por tudo que sofremos juntos e separados. Por tudo o que vivemos juntos e separados. Por tudo o que fomos juntos e separados. Por tudo o que somos juntos e separados.
 
posted by Dê at 2:26 PM | Link do texto

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1 Comments:


At 6:42 PM, Blogger Renato

Nâo sabia que era de Brasília. Chequei na 5a. à noite e voltei na 6a. Uma longa viagem de volta com caos aéreo.
Enfim, seus textos sempre me fazem pensar.
bjs