Não tinha ligado, parava de sofrer, largava de mão, ia espairecer em Paris, aprendia a cozinhar, pedia demissão, estudava italiano.
Seguia em frente, arrumava outro, pintava as unhas de vermelho, tomava um porre de champanhe, dizia umas verdades.
Saia de casa, começava dieta, dizia que ama, tentava consertar, ia brincar no parque, esquecia esse assunto.
Xingava até cansar, ficava grávida, comprava uma roupa nova, dormia a tarde toda, trabalhava 18 horas por dia, trocava o número do celular, cantava até ficar sem voz, mandava praquele lugar.
Mantinha a pose, jogava fora todos aqueles CDs, parava de ler porcaria, voltava a malhar, aproveitava o horário de verão, fazia um escândalo, ia prum retiro espiritual de 4 dias em silêncio.
Cortava o cabelo curto, voltava a estudar, beijava o primeiro que aparecesse, tomava banho de sal grosso, fazia terapia, inventava algo bem louco, não perdia a paciência.
Desistia de amar e arrumava um cara rico pra pagar pelos teus caprichos, fazia o caminho de Santiago, pintava tudo de azul, parava de pensar.
Não pagava nenhuma dessas contas, largava tudo, ia estudar pra concurso, desapegava dos bens materiais, só andava de salto alto.
Fazia outra tatuagem, rezava o terço todo dia, desligava o celular e o computador, fazia trabalho voluntário, não pegava mais sacolinhas plásticas na farmácia.
Engraçado como é fácil achar solução para o problema alheio...
Adorei o conselho, me cai bem no dia de hoje.
Beijos