<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d23373428\x26blogName\x3dUma+estrela+no+c%C3%A9u\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://umaestrelanoceu.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://umaestrelanoceu.blogspot.com/\x26vt\x3d-7259288517247732107', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>
08 fevereiro 2008
André
André observava aquela moça sozinha no restaurante, sentada na mesa do canto, de óculos escuros. Pediu a comida, mas não comeu. Brincava com o espaguete no garfo, distante, perdida em pensamentos.
.
. O celular dela tocou, ela atendeu ansiosa, mas pelo visto, não era quem ela queria. Respondeu em monossílabos. Desligou e ficou de olho comprido no aparelho moderno em cima da mesa. Parecia que se esforçava para resistir à tentação. Colocou mais vinho na taça, tomou um gole demorado, como que para criar coragem. Desistiu de fingir que comia, empurrou o prato e pegou o celular.
.
. Era discreta, falava baixo, como se contasse um segredo. Ele tentou ouvir o que ela dizia, mas o salão estava cheio, muita gente falando ao mesmo tempo. A conversa parecia tensa. Ela baixou a cabeça, parecia desanimada. Ficou calada, do outro lado, deveriam estar dizendo coisas duras. Percebeu que uma lágrima desceu pelo seu rosto. Ouviu a última frase que ela disse antes de desligar: "Perdão por querer de você algo que não pode me dar".
.
. Então as lágrimas não se escondiam mais por trás dos óculos escuros. Ela parecia ignorar o mundo em volta.
.
. De espectador desta cena, André também não conseguia mais olhar para seu prato. Um emaranhado de sensações, sentimentos invadiram seu peito, não conseguia mais comer. Ficou imaginando que história vivia aquela moça na mesa ao lado. Incomodou ver o sofrimento por trás daquele choro contido. Teve vontade de abraça-la.
.
. Ela chamou o garçon, pediu a conta baixinho. Ele a fitava sem disfarçar, mas ela não reparou. Queria sorrir pra ela. Queria mostrar com um sorriso que as coisas poderiam ser diferentes. Mas não fez nada disso. Quando ela passou por ele, André baixou a cabeça e se omitiu mais uma vez.
 
posted by Dê at 3:56 PM | Link do texto

|


2 Comments:


At 11:30 AM, Blogger Renato

Almoçar sozinho - coisa que faço com frequencia - leva a reparar nos outros. Tb tenho mania de ouvir as conversas da mesa ao lado.

O medo de André fez com que ele se omitisse. Sentimento tão comum, que paralisa.
bjs

 

At 3:53 PM, Blogger Borboletinha

Ave Maria...