<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d23373428\x26blogName\x3dUma+estrela+no+c%C3%A9u\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://umaestrelanoceu.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://umaestrelanoceu.blogspot.com/\x26vt\x3d-7259288517247732107', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
03 março 2008
Eu quero a sorte de um amor tranquilo

Estava andando distraída, pensando no livro que tinha visto na livravira. Carta a D - História de um amor, de André Gorz. Pelo que leu na contra-capa, uma carta escrita pelo marido para sua mulher de 82 anos, que estava doente. Uma carta de amor. Depois de quase 60 anos juntos, ele entendeu que deveria escrever para ela uma carta de amor.

Dani estava entretida com seus pensamentos sobre o livro. Imaginava se um dia encontraria um amor assim. Lembrou-se dos pais e sorriu. Um casal que está junto há 39 anos. A mãe reclama muito. O pai é mais paciente, compreensivo. Mas os dois ainda tem planos em comum. Cuidam-se com carinho.

Os pensamentos de Dani eram incessantes, tudo misturado. Desde cedo, martelava o refrão que ouvira no rádio a caminho do trabalho: 'eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida'... Era isso que ela queria - um amor tranquilo.

Andando pela rua, viu de longe Renato. Eles trabalhavam em prédios próximos, se encontravam de vez em quando na hora do almoço. Aquela história era confusa. Ela estava cansada de ter que entender todos os problemas dele e esperar. Ela nem sabia mais o que podia esperar, quanto tempo tinha que esperar, nem se queria esperar.

Ele caminhava em direção a ela. Dani sentiu uma vontade imensa de ser abraçada por ele, de se perder num abraço apertado, de sossegar a cabeça por um instante. Eles costumavam ter momentos bons, quando ela esquecia dos problemas do mundo, entregue, só os dois. Agora estava tudo conturbado, ela não sabia o que esperar.

Olhou pra ele e o ímpeto foi abraça-lo. Instintivamente, foi levantando os braços. Mas se deu conta que não podia. Seu abraço não seria bem recebido no meio da rua, afinal ele estava com outros engenheiros da empresa. Ficou envergonhada de seus pensamentos tolos. Como era ingênua em acreditar tanto... Seguiu em frente, sem olhar pra trás, com mais pensamentos incomodando.

Será que um dia teria a sorte de um amor tranquilo?

 
posted by Dê at 2:10 PM | Link do texto

|


2 Comments:


At 2:14 PM, Blogger Renato

Adorei seu texto!

Será que existe amor tranquilo? Sinceramente não sei. Uns solavancos podem fortalecer o sentimento, ou destrui-lo como um todo. E a espera pode secar uma flor, amenizar o sentimento, até que uma hora o coração deixa de bater mais rápido quando se vê a pessoa.
bjs

 

At 10:12 AM, Blogger Samantha Abreu

querida... sabe de uma coisa?
essa música do Cazuza é a contradição que só ele sabia ser, mesmo.

Amor tranquilo não 'mata a sede na saliva'.
Amor tranquilo não tem a intensidade que a música toda prega... "ser teu pão, ser tua comida".

Eu prefiro o amor da músíca... e acho que essa frase (linda) do amor tranquilo era um sonho irrealizável do Cazuza. E, provavelmente, nosso.

:D
Um beijO!